Por que dicas de finanças de amigos não são uma boa idéia?

Em Educação financeira por André M. Coelho

Há ocasiões na vida em que temos de nos voltar para nossos amigos em busca de conselhos. “Devo assumir esse trabalho?” É um deles. “Ela ou ele vale a pena namorar?” Pode ser outro. Muitos de nós pensamos que devemos olhar também para nossos amigos como consultoria de investimentos, tornando-os nossa fonte número um de informações para a tomada de decisões financeiras.

A verdade é que a maioria de nós não tem idéia se estamos recebendo orientação boa ou ruim do nosso conselheiro escolhido. Tudo isso aponta para o fato de que o nosso analfabetismo financeiro coletivo é imenso, quando se trata de que tipo de responsabilidades nós e nossos conselheiros temos para com nosso dinheiro.

Amigos nem sempre tem os melhores conselhos

Para conselhos financeiros de amigos, uma das decisões mais sábias talvez seja tampar seus ouvidos. (Foto: business.time.com)

Para uma nação de milhares de consultores financeiros, uma pequena porcentagem já sabe fazer bem um planejamento financeiro adequado e personalizado. Se dentro dos especialistas da área, a minoria consegue fazer estes planejamentos, como um amigo seu pode ser uma melhor opção como conselheiro?

Qual são os riscos dos conselhos dos amigos? Eles podem te aconselhar a investir em uma empresa que acabou de lançar suas ações na Bovespa, sem analisar nenhum documento financeiro da mesma. Podem te levar a fazer investimentos em imóveis que não serão tão lucrativos assim. Um amigo que dá um conselho financeiro muito bom tem grandes chances de estar exagerando também para contar vantagens. E a verdade nua e crua é que  os melhores conselhos financeiros são chatos. Eles não permitem que as pessoas se vangloriem de suas proezas. Tudo o que é exigido de quem deseja investir para as melhores chances de alcançar seus objetivos é determinar a sua tolerância ao risco, prazo e da quantidade de dinheiro que eles podem se dar ao luxo de deixar de lado. De lá, eles precisam colocar o seu dinheiro para trabalhar, diversificando investimentos e seguindo dicas financeiras que podem ser muito cansativas, mas valiosas no médio e longo prazo.

A melhor forma sempre de investir é a busca pelo conhecimento. Leia mais livros sobre finanças, pesquise na internet as dicas de especialistas da área, estude. Conhecimento é poder. E no caso das finanças, conhecimento é dinheiro.

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Crédito ou débito? Esta é uma pergunta quase sempre feita ao se pagar com cartão mas é uma questão também comum na vida de muitos brasileiros. Com mais de 300 horas em cursos de finanças, empreendedorismo, entre outros, André formou-se em pedagogia e se especializou em educação financeira. Dá também consultorias financeiras e empresariais quando seus clientes precisam de ajuda e compartilha conhecimentos aqui neste site.

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