É seguro deixar dinheiro no banco?

Em Bancos e instituições financeiras por André M. Coelho

Manter grandes quantias de dinheiro em sua casa, em vez de um banco ou outra instituição financeira é uma má ideia. O dinheiro parado vai perdendo valor ao longo do tempo, e você não vai ganhar juros sobre o dinheiro guardado no colchão. Roubos, incêndios, e outros desastres naturais podem levar todas as suas economias, e a maioria dos seguros não cobre esse tipo de perda de dinheiro. E quando cobrem, não vão repor sequer metade do dinheiro perdido.

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Os riscos de um banco ou instituição financeira falirem hoje em dia é muito baixo. É mais provável alguém roubar seu dinheiro do que um banco “perder” seu dinheiro. Lógico, você terá que buscar bancos e instituições financeiras renomados, para reduzir ainda mais os riscos.

Mas por que tanta gente perde dinheiro com bancos? Qual o risco de deixar dinheiro no banco?

Quando você ouve falar de alguém que perdeu dinheiro com um banco, 99% das vezes a pessoa está falando sobre investimentos. E investimentos tem muito pouco a ver com bancos, e mais a ver com o próprio investidor que é, no caso, cliente do banco.

As pessoas geralmente buscam formas de ganhar dinheiro fácil, mas isso não existe. Elas querem ganhar muito arriscando pouco. Quando se arriscam no mercado financeiro, achando que vão ganhar muito, não fazer uma diversificação de investimentos, arriscando mais do que podem e perdendo dinheiro no meio do caminho. 100% das vezes, o dinheiro perdido é culpa de uma má gestão de investimentos pelo cliente.

Portanto, quando alguém te fala sobre os “riscos” de um banco, essa pessoa está falando dos riscos de perder dinheiro em INVESTIMENTOS, não de perder dinheiro para o banco.

Cuidados com seu dinheiro na gestão de risco

O risco deve ser gerido com cuidado, em todo tipo de investimento. Só assim você garante que não perde dinheiro, e que o banco não seja sinônimo da sua falência. (Foto: www.goodreturns.in)

Riscos de investimentos

O risco de deixar dinheiro em casa não está só envolvido com desastres naturais, acidentes, ou roubos. Como dissemos acima, ao deixar dinheiro em casa e longe de um banco ou instituição financeira, seu dinheiro está perdendo poder de compra para a inflação. R$10 hoje conseguem comprar menos coisas do que R$10 um ano atrás. R$10 daqui a um ano, conseguem comprar menos do que R$10 hoje, e assim vai, até que seu dinheiro perca quase todo o poder de compra.

Só que a inflação é apenas um dos riscos que seu dinheiro corre. Imagine que faz um investimento em dólar hoje, comprando cada dólar com R$4. Se, em uma semana, o dólar cair de valor para R$2, a pessoa perderá metade do dinheiro. Esse é também um risco de investimento. Por outro lado, se o dólar subir para R$8, a pessoa dobrou seu dinheiro.

Temos também títulos do governo. Pense em um título que tem um juro anual de 13% ao ano. Daqui a 5 anos, a cada ano, ele terá valorizado 13%. O investimento terá um ganho aproximado de até 50% sobre seu investimento inicial, sem que você corra o risco de perder todo o dinheiro, e corra um baixo risco de ganhar menos que a inflação.

Riscos de investimentos e agressividade do investidor

Pelos riscos acima, você deve ter percebido que quanto maiores os riscos, maiores são as chances de você ganhar mais dinheiro. Essa classificação do risco dos investimentos em alto, médio, e baixo, também define a “agressividade” de um investidor. O investidor pode ser agressivo, moderado, ou conservador.

Agressivo é um investidor que coloca a maior parte dos seu capital em investimentos de alto risco. Moderado é o investidor que divide seu capital em investimentos de risco alto a baixo, de forma a reduzir perdas. Conservador é o investidor que procura aplicar seus recursos em investimentos de risco moderado a baixo. Todos esses investidores, quando são inteligentes, fazem o que nos chamamos de diversificação dos investimentos para gerir os riscos.

Funciona da seguinte forma: um investidor de alto risco NUNCA vai aplicar 100% de seu capital em um investimento de alto risco. Geralmente, a fórmula que ele usa para alocação de investimentos é: até 50% do capital em investimentos de alto risco, 25% a 35% em investimentos de risco moderado, 25% a 15% em investimentos de baixo risco. Por que ele faz isso?

Porque se ele investir 100% do capital em investimentos de alto risco, ao mesmo tempo em que ele pode triplicar seus ganhos, ele pode perder todo o dinheiro investido. É desses investidores mais “loucos”, que não seguem uma fórmula para gestão do risco, que os bancos ganham a fama de serem inseguros, porque o dinheiro perdido é transferido e guardado em bancos e instituições financeiras. O vídeo abaixo mostra um pouco de como é esse pequeno risco, e como evitá-lo.

Cuidados com os bancos e instituições financeiras

Bancos e instituições financeiras também tem que “vender” investimentos. A não ser que você seja um cliente de private banking, as chances são que esses investimentos não vão considerar sua situação atual, e gerentes ou consultores financeiros vão “empurrar” qualquer investimento para você. Isso nos leva a melhor arma contra o risco, seja de um banco ou qualquer outro tipo: você mesmo.

Se você está lendo esse artigo, você está no caminho certo para não perder dinheiro. Quanto mais você estuda finanças, mais você foge do risco de perder dinheiro e mais você se aproxima da certeza de fazer seu dinheiro trabalhar por você, sem muitos esforços. Você vai aprender a diversificar, a entender quais são os melhores investimentos em cada momento da economia, como fazer planos financeiros de curto, médio, e longo prazo, e mais.

Acima de tudo, você vai aprender que embaixo da cama não é lugar de colocar seu dinheiro, mas sim, lugar de descansar seu corpo, alma, e mente para pensar com clareza sobre como investir melhor.

Se você tem dúvidas sobre investimentos ainda, deixe nos comentários! Estamos aqui para ajudar!

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Crédito ou débito? Esta é uma pergunta quase sempre feita ao se pagar com cartão mas é uma questão também comum na vida de muitos brasileiros. Com mais de 300 horas em cursos de finanças, empreendedorismo, entre outros, André formou-se em pedagogia e se especializou em educação financeira. Dá também consultorias financeiras e empresariais quando seus clientes precisam de ajuda e compartilha conhecimentos aqui neste site.

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