IOF para cartão de viagem – Entenda as novas regras
Nosso inteligente governo aumentou a alíquota de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para 6,38% envolvendo operações de câmbio para aquisição de moeda estrangeira em cartões pré-pagos e também de crédito.
Por um lado, entendemos que o Governo deve “defender a indústria brasileira”. Por outro lado, nos perguntamos “que indústria?”, já que não temos muitos produtos de alta qualidade em nosso país e temos de pagar muito mais caro por produtos ruins. A desculpa dessa vez é segurar os gastos dos brasileiros no exterior. E assim como as medidas anteriores, garanto com 100% de certeza que não vai adiantar em nada e esse aumento é só uma desculpa para tentarem ganhar mais dinheiro às nossas custas, além de deixarem muito mais inseguras nossas viagens pois comprar dólares em dinheiro vivo vai acabar ficando mais barato. Como sabemos também, andar com dinheiro vivo é algo super seguro e que todos nós deveríamos fazer, principalmente em viagens para lugares que nunca fomos antes e mal conhecemos, não é?
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Sinceridades à parte, precisamos explicar com mais detalhes sobre o pagamento do IOF para que você não caia em roubadas na sua próxima viagem ao exterior ou em compras feitas de lojas internacionais.
Em que momento eu pago o IOF?
O IOF é pago no momento da operação de câmbio, quando é feita a troca de reais para a moeda estrangeira. Nos cartões de crédito, o valor aparece diretamente na sua fatura e é cobrado também para saques. Já nos cartões pré-pagos, o valor é pago no momento do carregamento do cartão.
Quem já tinha saldo em um Cartão pré-pago antes da mudança do IOF pagará imposto maior a partir de agora?
Não. O imposto incide apenas sobre cargas e recargas a partir do dia 28 de dezembro de 2013. Quem tinha US$1.000 carregados antes dessa data, por exemplo, já pagou todo o IOF devido. Agora, se você carregar seu cartão com US$500 hoje, o imposto será cobrado normalmente.
Qual a opção eu tenho agora para pagar menos IOF?
Dinheiro vivo é a única opção que você tem agora, pagando apenas 0,38% de IOF. Para isso, é preciso comprar os dólares em uma casa de câmbio antes de sair do Brasil.
Como posso conseguir uma melhor taxa de câmbio ao comprar moeda estrangeira?
O mercado de câmbio é extremamente volátil e difícil de prever. Porém, no segundo semestre há, historicamente, uma tendência a altas do dólar. Portanto, opte por fazer a compra de seus dólares no primeiro semestre do ano.
Existem benefícios financeiros que podem minimizar o impacto do IOF mais alto?
Sim. Por exemplo, cartões pré-pagos te deixam livre das flutuações do dólar, além de ajudarem a controlar os gastos no exterior. Cartões de crédito tem os programas de milhas que podem ajudar a minimizar o impacto. Apenas Traveler’s cheques perdem completamente o sentido de uso. Além disso, muitos cartões têm direito a descontos exclusivos no exterior, que variam de 15% a 30% em lojas de grandes redes. Há inclusive desconto exclusivo para a compra de ingressos da Disney e Orlando. Para receber os descontos, você deve comparar os cartões e encontrar estas promoções antes de fazer sua viagem.
Quais os riscos de concentrar minhas despesas em dinheiro em espécie, mesmo com IOF menor?
Segundo dados do Consulado-Geral do Brasil em Miami, a cada 3 dias um turista brasileiro é furtado em Miami ou Orlando, nos EUA. Viajar com dinheiro em espécie não é totalmente seguro e prático. E mesmo o Governo sabendo disso e sabendo também que o brasileiro vai gastar mais lá fora este ano, ele tomou essa atitude retrógrada do capitalismo tupiniquim.
Por que é importante saber de tudo isso?
Todo economista que você perguntar vai te dizer que a melhor opção para compensar os gastos no exterior do Brasil e as perdas financeiras de outros impostos que acabaram é o controle de gastos do Governo. Mas como sabemos, principalmente em ano eleitoral, o Governo não vai querer cortar gastos com seus trocentos ministérios que só servem para dar cargos para parentes e políticos e o salário pago com nossos impostos. É importante saber disso para você pensar muito bem em quem votar esse ano, ou passará a correr o risco de ter a cada dia mais impostos para sustentar um bando de vagabundos que não fazem nada para nosso país crescer e só querem mandar em como podemos gastar nosso dinheiro.
Sobre o autor
Crédito ou débito? Esta é uma pergunta quase sempre feita ao se pagar com cartão mas é uma questão também comum na vida de muitos brasileiros. Com mais de 300 horas em cursos de finanças, empreendedorismo, entre outros, André formou-se em pedagogia e se especializou em educação financeira. Dá também consultorias financeiras e empresariais quando seus clientes precisam de ajuda e compartilha conhecimentos aqui neste site.
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