Diferença prática entre consórcio e financiamento?

Em Educação financeira por André M. Coelho

Ao analisar formas de financiamento para a compra de um produto (veículo, terreno ou outros), muitas são as pessoas que se deparam com a pergunta: opto pelo financiamento ou pelo consórcio? Se sua dúvida tiver uma natureza exclusivamente financeira, ou seja, você pensa apenas nas taxas de juros do financiamento e de administração do consórcio, os dois são boas opções e, hoje em dia, as taxas estão muito parecidas.

Ao participar de um consórcio, você pode ser premiado já nos primeiros meses ou apenas nos últimos pagamentos, a não ser que tenha um dinheiro a mais para fazer lances e aumentar suas chances de ganhar no sorteio. Imagine que um consórcio dura entre 36 e 60 meses. Dentro deste contexto, esta opção só é válida para aqueles que não tem pressa em comprar o produto novo, seja por já tê-lo ou por não precisar do mesmo em caráter de urgência. Inclusive, pelas taxas um pouco menores que os financiamentos, é normalmente a melhor opção para quem já tem um veículo.

A compra dos seus sonhos

Carros, eletrodomésticos, motocicletas, casas, terrenos. As opções e nossos sonhos são muitos, mas qual a melhor forma de pagá-los? (Foto: fatuscorretora.com.br)

Para ambas escolhas, uma questão sábia a se colocar é o valor da entrada: quanto maior o valor da entrada, menores serão suas parcelas e menor será o valor final do seu novo brinquedo. No caso de você não possuir uma boa entrada para o produto, o financiamento pode ser uma péssima escolha, dado que o valor final será muito maior do que o produto desejado.

Na questão da compra de um terreno, se você não está com planos de construir uma casa em curto ou médio prazo, o consórcio será uma opção excelente. Pense nele como uma poupança que você está fazendo para a futura compra de um terreno e que, de repente, pode aparecer como oportunidade. Se você for uma pessoa com boa disciplina financeira, ao comparar taxas, verá que há outros serviços de nosso sistema financeiro que poderão ser mais lucrativos. Mas a possibilidade de ter o terreno durante o tempo em que está se economizando pode valer as perdas ocasianadas pela taxa de administração.

Pense bem para onde vai seu dinheiro antes de tomar essa decisão: coloque tudo no papel, planeje-se, veja se as parcelas não pesarão muito no seu bolso e assim, construa uma saudável vida financeira.

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Crédito ou débito? Esta é uma pergunta quase sempre feita ao se pagar com cartão mas é uma questão também comum na vida de muitos brasileiros. Com mais de 300 horas em cursos de finanças, empreendedorismo, entre outros, André formou-se em pedagogia e se especializou em educação financeira. Dá também consultorias financeiras e empresariais quando seus clientes precisam de ajuda e compartilha conhecimentos aqui neste site.

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