Vender consórcio é fácil? Entenda!

Em Educação financeira por André M. Coelho

Saiba mais sobre o consórcio, uma modalidade de compra muito popular no Brasil, comumente usada na compra de carros e imóveis. Após ser contemplado ou quando ainda estiver com um consórcio sendo pago, é possível vender consórcios para terceiros. Há também aqueles que querem vender consórcios comercialmente. Pode não ser algo fácil, mas se for preciso vender um consórcio algumas coisas precisam ser compreendidas.

1. Mercado primário

São os vendedores que estão vendendo consórcios para clientes diretamente. Podem ser consórcios imobiliários, consórcios de motos, consórcios de carros, caminhões, entre outros. Geralmente, são representantes de empresas financeiras, como bancos e cooperativas de crédito.

É fácil? Mais ou menos. Esta carreira depende muito da situação financeira do país. Se o país está indo bem, as pessoas tem a tendência de gastar mais e buscar comprar mais bens de consumo. Os consórcios podem ser uma maneira de fazer isso. Mas se a economia está ruim, as pessoas tendem a economizar, e podem desistir de consórcios.

2. Mercado secundário

São as pessoas que compraram consórcios no mercado primário e foram contemplados ou não, mas querem se desfazer dos seus consórcios. Os motivos podem ser variados mas, geralmente, envolve dificuldades financeiras que o comprador do consórcio está passando.

É fácil? Mais difícil que vendas no mercado primário. O vendedor do mercado secundário precisa encontrar um comprador para o consórcio e para quem possa ser transferido o consórcio. Ou seja, a pessoa precisa ser aprovada para poder ser a nova dona do consórcio.

O que é o Consórcio?

Muita gente não sabe, mas “consórcios” são uma invenção brasileira, que remonta à década de 60 e depois foi disseminada para vários países. Sua ideia central é bastante simples: reunir um grupo de pessoas que tem o mesmo objetivo de consumo.

Portanto, um consórcio nada mais é do que um grupo de pessoas (pessoas físicas ou jurídicas) unidas pelo seu interesse comum em comprar um bem durável determinado, como um carro ou um apartamento.

O perfil típico de um parceiro de consórcio é alguém interessado em um bem determinado, mas sem a necessidade imediata de obtê-lo. Além disso, exige que o jogador tenha algum dinheiro extra. Esse grupo deve ser administrado por uma empresa especializada que será responsável por tornar possível toda a operação do consórcio. E para isso, esta empresa cobra uma taxa de administração de todos os jogadores.

O Banco Central do Brasil é a autoridade competente que cuida de todos os assuntos relacionados ao Sistema de Consórcios no país, incluindo a inspeção e supervisão das empresas Administradoras. Há uma série de requisitos que as empresas devem cumprir para operar.

Para verificar se uma determinada empresa administradora conta com a permissão do BC para operar, acesse a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, a Abac (Associação Brasileira de Administradores de Consórcios) ou o site do BC.

Vendendo consórcios

Vender consórcios pode ser difícil, mas é possível com os passos certos. (Foto: Bis2Bis)

Como funciona um consórcio?

É assim: a empresa administradora divide o preço do bem em questão em um grande número de parcelas, a serem pagas por todos os parceiros do consórcio todos os meses. Esse dinheiro é acumulado como uma poupança comum. O administrador faz essa divisão de maneira a possibilitar a compra de uma ou mais unidades do bem do consórcio por mês.

Em seguida, o administrador contempla um ou mais parceiros do consórcio (escolhidos por meio de sorteio) com uma carta de crédito, que possibilita ao comprador comprar o bem em dinheiro, evitando juros, presentes em um plano de financiamento, por exemplo .

Além dos sorteios, a maioria dos planos do consórcio permite que os jogadores ofereçam lances para antecipar um certo número de parcelas. Quem der o lance mais alto, recebe a carta de crédito.

Um plano de consórcio é melhor do que um plano de financiamento?

Em termos de valor das parcelas, sim, pois o administrador lucra com a taxa cobrada sobre o valor da carta de crédito. Por exemplo: se você se inscrever em um plano de consórcio de 100 meses para adquirir uma carta de crédito de cem mil reais, com uma taxa de administração de 20%, pagará parcelas de R$1200.

Parece muito, mas na verdade esse é um mecanismo muito mais econômico do que um plano financeiro que cobra 1% ao mês sobre juros, por exemplo. Se você optar por um desses planos financeiros por cem meses, pagará parcelas de R$1571.

No entanto, com o plano financeiro, você pode desfrutar do bem adquirido a partir do momento em que o assina, diferentemente do consórcio.

Ficou alguma dúvida? Deixem nos comentários suas perguntas!

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Crédito ou débito? Esta é uma pergunta quase sempre feita ao se pagar com cartão mas é uma questão também comum na vida de muitos brasileiros. Com mais de 300 horas em cursos de finanças, empreendedorismo, entre outros, André formou-se em pedagogia e se especializou em educação financeira. Dá também consultorias financeiras e empresariais quando seus clientes precisam de ajuda e compartilha conhecimentos aqui neste site.

Aviso legal

O conteúdo apresentado no site é apenas informativo com o objetivo de ensinar sobre o funcionamento do mundo financeiro e apresentar ao leitor informações que o ensine a pensar sobre dinheiro. O site Crédito ou Débito não faz recomendações de investimentos e em nenhuma hipótese pode ser responsabilizado por qualquer tipo de resultado financeiro devido a práticas realizadas por seus leitores.

Deixe um comentário