Carro ou moto: melhores formas de financiamento e pagamento

Em Educação financeira por André M. Coelho

Suponhamos que você já tenha se decidido se irá comprar um carro ou uma moto. O problema agora é que você não tem o dinheiro para pagar o veículo a vista. Como a necessidade do mesmo é grande e sua ansiedade para a compra também, é hora de colocar o pé no chão e analisar as possibilidades de financiamento e pagamento de seu sonho de transporte.

Dependendo do perfil do cliente e do propósito, cada um desses tem suas vantagens e desvantagens. E nem todos funcionam para todos os tipos de veículos. Vamos saber um pouco mais sobre eles agora.

1.Crédito Direto ao Consumidor (CDC)

Formas de financiamento

O CDC é uma forma simples para garantir que o produto desejado estará em seu nome desde a compra até o pagamento das últimas parcelas. (Foto: simuladorfinanciamento.org)

Permite que você se torne proprietário imediato do veículo e não tem a limitação dos dez anos de fabricação que outros tipos de financiamento possuem. O valor total pode ser quitado a qualquer momento, com descontos consideráveis no valor final do empréstimo.

Em uma das modalides deste tipo de empréstimo, ficará registrado em documento que o proprietário do veículo ainda tem uma dívida a pagar. Neste caso, as taxas de juros são bem mais atraentes para o consumidor e, provavelmente, haverá a limitação dos dez anos de fabricação do carro. Em uma segunda modalidade, o crédito não é discriminado e funcionará como um empréstimo pessoal. Mas as taxas de juros são bem altas e você terá de fazer uma análise profunda dos custos do veículo, em conjunto com todas as formas de financiamento disponíveis, além dos custos de manutenção do mesmo para saber se vale a pena.

O que os especialistas recomendam é que o cliente economize o máximo possível para dar um alto valor de entrada no veículo, diminuindo o valor das prestações e o custo final, parcelando o empréstimo em, no máximo, 36 meses. Ideal para o consumidor que não tem o valor total para o pagamento do produto mas já tem algum dinheiro economizado e separado para sua compra.

2. Leasing

Nesta forma de empréstimo, o banco torna-se o dono do veículo até a quitação total da dívida. Caso esta não seja quitada, a instituição financeira terá o direito de reaver o veículo para o pagamento da dívida restante. As prestações pagas nesta modalidade são como um aluguel do veículo.

As taxas de juro desta modalidade de financiamento são mais em conta porque o banco tem mais garantias do pagamento das dívidas. Entretanto, é necessário fazer uma pesquisa profunda, pois muitas instituições financeiras agem de má fé e colocam taxas abusivas no leasing.

O leasing é melhor para pessoa jurídica, já que é possível abater do imposto de renda parte da prestação paga. Como o proprietário de direito é o banco, o veículo não entra no balanço contábil até o fim do contrato: o carro é considerado uma despesa, e não um ativo, diminuindo os bens da empresa e, por conseguinte, o imposto de renda a pagar.

Mas o lado negativo é que não é possível adiantar os aluguéis antes da 24ª parcela, de forma que o cliente fica preso ao contrato e não pode fazer nenhum tipo de negociação com o carro.

Não se esqueça de fazer imediatamente junto a compra do veículo um seguro do mesmo para que surpresas e até a perda total do bem aconteçam.

3. Consórcio

Formas de financiamento

O consórcio é a opção para aqueles que tem um acesso menor a linhas de crédito CDC e não tem pressa para possuir o produto desejado. (Foto: procon.pr.gov.br)

É a formação de um grupo de pessoas físicas ou jurídicas que, mediante o pagamento de um valor mensal pré-estabelecido, autofinanciam o pagamento do veículo. Além dos juros incidentes, existe o valor de uma taxa de administração que deve ser paga anualmente.

É necessário ressaltar que o veículo não é recebido imediatamente. Todo final de mês é realizado um sorteio onde um ou mais participantes são premiados com o veículo. Existe a possibilidade ser realizado um lance, que é o pagamento de uma parcela mensal de maior valor, para aumentar as chances de vencer o sorteio.

A espera pode ser longa e esta forma de financiamento é boa apenas para aqueles que não tem pressa em ter o veículo em mãos. A partir do momento em que o indivíduo é sorteado, o restante das parcelas é pago como se fosse um financiamento normal.

Funciona para veículos de no máximo, dez anos de fabricação.

Caso o participante do consórcio deseje sair do mesmo, ele terá todo o valor já depositado reembolsado, menos taxas de manutenção. Portanto, recomendamos esta opção apenas e somente quando você não tiver dinheiro suficiente em caixa para uma boa entrada em um financiamento ou um salário mensal insuficiente para o pagamento das parcelas do CDC ou Leasing.

Tendo estas opções em mente, você agora pode pesquisar os valores dos veículos de seus sonhos, seja ele um carro ou uma moto. Tente descontos ou negocie diferenciais para a compra. Semnpre vá a mais de uma concessionária e pesquise muito na internet. Conhecimento é poder e no mundo financeiro, poder significa grandes economias.

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Crédito ou débito? Esta é uma pergunta quase sempre feita ao se pagar com cartão mas é uma questão também comum na vida de muitos brasileiros. Com mais de 300 horas em cursos de finanças, empreendedorismo, entre outros, André formou-se em pedagogia e se especializou em educação financeira. Dá também consultorias financeiras e empresariais quando seus clientes precisam de ajuda e compartilha conhecimentos aqui neste site.

Aviso legal

O conteúdo apresentado no site é apenas informativo com o objetivo de ensinar sobre o funcionamento do mundo financeiro e apresentar ao leitor informações que o ensine a pensar sobre dinheiro. O site Crédito ou Débito não faz recomendações de investimentos e em nenhuma hipótese pode ser responsabilizado por qualquer tipo de resultado financeiro devido a práticas realizadas por seus leitores.

Deixe um comentário