12 coisas que crianças podem nos ensinar sobre dinheiro!

Em Educação financeira por André M. Coelho

Com sua inocência e muitas vezes, a forma muito pragmática de pensar, as crianças podem nos ensinar muito sobre a vida e também, sobre o dinheiro. Entrando na mente dos pequenos, conseguimos reunir formas como elas podem nos ensinar sobre finanças e nosso dinheiro.

Não há mágica em um real

Desde cedo, aprendemos que é divertido conseguir dinheiro. Segurar uma moeda de um real significa que podemos comprar um real de alguma coisa. Às vezes, um quitute, como doces, traz muita emoção. Coloque uma criança em uma loja de doces com um real na mão e veja a mágica ganhar vida.

O que você compra é mais importante do que onde você compra

Você se lembra o quão bonito você se sentiu quando usava sua camisa de super heróis quando criança? As chances são de que você realmente não se importa se ela veio de um brechó, uma loja de desconto, ou um varejista de luxo. Crianças geralmente se preocupam com o que eles estão vestindo ou receberam como um presente do que de onde foi comprado. Muitos adultos revertem a ênfase e acabam na armadilha do luxo da dívida.

As compras especiais valem a espera

Quando uma criança vê um comercial de algo que desejam, isso é o que eles querem. Crianças geralmente tem que esperar se uma loja está sem esse item específico, especialmente se eles realmente querem aquilo. Depois da espera, eles entendem que precisam esperar um adulto aprovar a compra, e depois levá-los a uma loja para fazer a compra. A expectativa aumenta, e isso faz com que a compra seja muito mais gratificante.

Os adultos podem experimentar essa mesma gratificação, como resultado de antecipar uma compra, seja um carro novo ou um novo par de óculos de sol. Não se contente com o que pode estar facilmente disponível: aprenda uma lição com as crianças e espere aquele item que você realmente quer.

Salvar e poupar dinheiro é divertido!

Muitos pais ensinam seus filhos a poupar dinheiro incentivando o processo ou tornando-o um desafio divertido. As crianças e os jovens podem compreender conceitos financeiros como poupança e gastos facilmente. Peça a uma criança/jovem para definir uma meta realista de poupança para comprar um item específico. Toda vez que o seu filho adicionar dinheiro para a poupança, ajude-o a contar o quanto ela tem, conversando com ele sobre o quanto precisa para alcançar seu objetivo, e quando vai chegar lá. Essa mesma atividade pode ser muito gratificante para adultos enquanto poupam para uma grande compra ou até um luxo ocasional.

Trabalhando com as crianças para aprender sobre dinheiro

Aprender com as crianças a lidar melhor com seu dinheiro e finanças pode ser uma excelente oportunidade de educar e aprender sobre dinheiro. (Foto: savingformyfamily.com)

O dinheiro é finito

As crianças têm um entendimento de que o dinheiro não cresce em árvores, mas muitos ainda assume que ele é, de alguma forma, sempre disponível para adultos graças a bancos, caixas eletrônicos, e “fábricas de dinheiro”. Ainda assim, quando uma criança segura uma nota de R$10 em uma loja de brinquedos, ela sabe que uma compra de R$ 12 não é possível. Como adultos, com carteiras cheias de dinheiro de plástico, às vezes esquecemos esse conceito. O conceito de “compre agora, pague depois” pode ser muito perigoso, resultando em dívidas astronômicas de cartão de crédito.

Fazer escolhas sábias

O que pode apresentar-se como uma decisão agonizante sobre a escolha do seu favorito carro esportivo ou caminhão de incêndio pode se transformar em excitação uma vez tomada a decisão. Mas pode ter um monte de pormenores que não entendemos da situação e não consideramos muito as diferentes compras, principalmente pelas políticas de troca e de devolução de produtos às quais temos opção quando adultos. Crianças tendem a ficar mais abraçadas com suas suas compras, criando um laço emocional que faz a decisão ser muito mais pensada e refletida, o que não é uma má ideia.

Ao mesmo tempo, as crianças podem ensinar-nos que não há problema em cometer um erro financeiro. As crianças raramente se arrependem de fazer uma má compra. Eles tendem a olhar para a próxima “oportunidade de compra” de imediato, em vez de chafurdar no remorso do comprador, como os adultos às vezes fazem.

A boa notícia: como adultos, capazes de pensamento de alto nível, e cometendo erros com preços mais elevados, temos de tomar medidas para evitar o arrependimento das compras. Uma maneira de evitar compras por impulso é tomar o tempo para realmente pensar sobre o valor do produto, incluindo benefícios de curto prazo e de longo prazo. Outra é aprender com os erros do passado, especialmente as compras por impulso mais caras.

Maior nem sempre é melhor

As crianças podem encontrar a alegria em uma caixa de papelão, ou porta-copos em cima de uma mesa. Às vezes, os adultos se esquecem da magia do laço sentimental e da criatividade, e concentram-se na etiqueta de preço como um indicador do que é “melhor”, particularmente quando se tratam de casas, carros ou outros itens caros. O problema é que a realidade limita nossos orçamentos, por isso, enquanto uma casa R$750 mil pode ter mais impacto de status, podemos encontrar a alegria em uma casa de R$250 mil ou um apartamento com aluguel de R$800, se abrirmos nossas mentes para tais possibilidades.

O impulso de “querer” é inevitável, o impulso de “comprar” não

Falando de compras por impulso, se você já teve um “assistente mirim” te acompanhando ao supermercado, você sabe que as tentações se escondem em certos corredores (pense cereais, lanches, biscoitos…) e outros locais estratégicos em toda a loja. Principalmente nos caixas, os quitutes presentes podem ser desafios particularmente brutais. Felizmente, como o adulto detentor de carteira, você pode moderar seu impulso de querer, e colocar um limite sobre as compras por impulso. Como adultos, muitas vezes precisamos nos lembrar de ouvir o “moderador adulto” em nosso cérebro nos dizendo que realmente não precisamos comprar um certo item, mesmo quando queremos muito.

O dinheiro pode ajudar as pessoas

Se voce está doando uma parte do seu salário contribuindo para uma causa específica, as crianças aprendem desde cedo que o altruísmo faz bem, e que, se um monte de gente contribui com um pouco, grandes coisas podem acontecer. Por exemplo, cidades atingidas por desastres naturais podem ser reconstruídas, curas para doenças podem ser pesquisadas, e outras boas causas podem se beneficiar de contribuições, ainda que pequenas. É seu poder coletivo que embala o altruísmo e pode fazer a diferença em uma ou muitas vidas, além de te fazer sentir bem.

De graça é mais divertido!

Ir para um festival de sorvete da escola com oferta de sorvetes gratuita é muito divertido. Quando o representante de cosméticos oferece-lhe uma amostra de perfume, por que não pegar uma? Ainda existem empresas que te permitem testar um produto por 30 dias antes de decidir ficar com ele ou não. É divertido e você ainda pode tomar decisões mais sábia ao testar os produtos antes de comprar.

O dinheiro pode ser negociado

Na verdade, as negociações financeiras podem começar em uma idade jovem para muitas crianças. “Se eu fizer mais, posso ganhar mais?”, “Quando eu fizer 12, você vai aumentar minha mesada?” Até mesmo os pedidos de um par especial de shorts de futebol pode ser transformados em uma negociação, em que as crianças têm de fazer um argumento convincente para convencer os pais dos motivos. Debater os prós e os contras de dar às crianças algo é sucesso certo, usando a negociação como ferramenta de ensino. Habilidades de negociação são uma parte importante do que eles vão precisar para lidar eficazmente com amigos, professores e, eventualmente, seus chefes”.

Essas habilidades básicas de negociação pode, nos ajudar a obter o melhor preço em um carro, casa, uma sala de jantar mais barata na compra de móveis, e em outros pontos de venda em que a negociação for apropriada. Eles também vêm a calhar quando aceita-se uma oferta de emprego, pede um aumento, ou na tomada de decisões financeiras conjuntas com nossos cônjuges.

Dinheiro não é igual a valor

A maioria das crianças não fazem uma ligação entre o sucesso e o dinheiro. Claro, a maioria já viu TV o suficiente para assumir que um monte de atletas famosos, cantores e atores são “ricos” e, portanto, vivem em casas luxuosas e dirigem carros de luxo. Mas o seu professor favorito pode ser o mais baixo da escala de pagamento da escola, e seu melhor amigo pode viver na periferia da cidade. A maioria das crianças não percebe ou fazem um balanço do patrimônio líquido dos outros antes de dar a eles um valor, o que é um grande lembrete para nós, adultos.

Os seus filhos lhe ensinaram algumas lições sobre dinheiro? Quais lições?

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Crédito ou débito? Esta é uma pergunta quase sempre feita ao se pagar com cartão mas é uma questão também comum na vida de muitos brasileiros. Com mais de 300 horas em cursos de finanças, empreendedorismo, entre outros, André formou-se em pedagogia e se especializou em educação financeira. Dá também consultorias financeiras e empresariais quando seus clientes precisam de ajuda e compartilha conhecimentos aqui neste site.

Aviso legal

O conteúdo apresentado no site é apenas informativo com o objetivo de ensinar sobre o funcionamento do mundo financeiro e apresentar ao leitor informações que o ensine a pensar sobre dinheiro. O site Crédito ou Débito não faz recomendações de investimentos e em nenhuma hipótese pode ser responsabilizado por qualquer tipo de resultado financeiro devido a práticas realizadas por seus leitores.

Deixe um comentário