Os juros do cartão de crédito são mesmo altos? Exemplo prático!
Você está precisando daquela grana a mais durante o mês e resolve parcelar várias contas no cartão de crédito. Chega início do mês, na data de pagamento do cartão, você paga o mínimo e parcela o restante da conta nos próximos meses. Aí, no mês seguinte chega a surpresa: um valor extremamente alto cobrado em seu cartão. Você não tem idéia de onde surgiu quele valor porque não olhou os juros de seu cartão e viu quão altos eles são.
Para exemplificar melhor, vamos imaginar uma fatora de R$500,00 com juros de 11% ao mês (vamos ser bonzinhos). Vamos imaginar que o pagamento mínimo dessa fatura é de R$50,00 e que, durante o mês, você não consumiu mais nada neste cartão, pagando apenas o mínimo no mês anterior. No mês seguinte, você terá uma fatura de R$499,50, somada com os juros que você irá pagar. Se fizermos uma análise bem superficial, ao pagar R$50,00 você acabou só pagando R$0,50, pois no mês seguinte você continuou praticamente com a mesma dívida. E assim vai indo, gradativamente comendo seu dinheiro e sem efetivamente pagar sua fatura. Isso porque contabilizamos que você não vá consumir mais nada no cartão, fato que é na maior parte das vezes incorreto.
Quando o consumidor é iludido por estas formas de pagamento, eles podem chegar até a se tornarem reféns e vítimas de juros superiores a doze por cento ao ano, levando-os ao débito constante e a dificuldade de manter uma boa saúde financeira.
Há mais de dez anos o poder legislativo vem discutindo idéias sobre as taxas de juros dos cartões de crédito e do sistema financeiro nacional, pois não se justificam juros altos em um país de nível inflacionário relativamente baixo. O que presenciamos ainda é uma baixa motivação por parte de empresários do sistema financeiro e dos parlamentares de fazerem uma regulamentação mais justa do crédito.
Enquanto a legislação não é feita, o que o consumidor deve fazer é tentar escapar o máximo de dívidas no cartão de crédito. Tente focar o uso do seu cartão apenas para parcelamentos e compras online, já que ele é um empréstimo, ou seja, dinheiro que você não tem. Evite pagar sua alimentação e outros gastos do dia a dia nos cartões de crédito. Quanto menos você o o utilizar, melhor você estará gerindo suas finanças.
Sobre o autor
Crédito ou débito? Esta é uma pergunta quase sempre feita ao se pagar com cartão mas é uma questão também comum na vida de muitos brasileiros. Com mais de 300 horas em cursos de finanças, empreendedorismo, entre outros, André formou-se em pedagogia e se especializou em educação financeira. Dá também consultorias financeiras e empresariais quando seus clientes precisam de ajuda e compartilha conhecimentos aqui neste site.
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