Biometria Itaú, Bradesco… Por que não funciona com você?

Em Bancos e instituições financeiras por Alex Benfica

Recentemente quando fui à minha agência do banco Itaú o gerente me solicitou que eu fizesse o cadastro da impressão digital para poder utilizar o saque através da biometria, sem utilizar cartão. Fiz o cadastro e compartilho neste texto algumas experiências a respeito das vantagens e problemas da biometria no Itaú. Li também várias reclamações na internet da biometria no Bradesco, o que mostra que todos os sistemas tem problemas e geram muitas dúvidas nos clientes.

Biometria: como funciona?

A impressão digital é única em cada pessoa do mundo, mas os sistemas que as identificam podem confundir duas pessoas ou não entender que uma impressão digital previamente cadastrada não pertence ao seu dono! O primeiro caso é o chamado falso positivo e é extremamente raro. Eu nunca presenciei NENHUM caso deste mesmo trabalhando o dia inteiro com isto e tendo conhecimento de todo tipo de problemas envolvendo os relógios de pontos biométricos nos clientes desta empresa. Na teoria eles acontecem com uma frequência muito pequena e, da forma como a impressão digital é utilizada no sistema bancário, isto definitivamente NÃO é um problema com que tenhamos que nos preocupar. Em resumo, a sua impressão digital somente é comparada com a sua própria quando você utiliza o banco,o que torna os falso negativos muito mais prováveis de acontecer.

Quando o banco não reconhece sua impressão digital temos o falso negativo. O seu acesso é negado porque sua impressão digital não foi reconhecida. Esta é sem dúvida a maior parte dos problemas com os sistemas biométricos. Por mais que a impressão digital seja única, ela PODE MUDAR de um dia para o outro devido a diversos fatores. A digital pode mudar entre o dia em que você se cadastrou no banco até o dia em que foi sacar o dinheiro no caixa eletrônico.

A impressão digital pode mudar?

O que mais costuma causar alterações na impressão digital é:

Para todos os problemas citados acima existem tecnologias super avançadas para solucionar. Os sensores são cada vez mais imunes à sujeira e variações superficiais das impressões digitais. De qualquer forma, TODOS os sistemas funcionam melhor quando a impressão digital está limpa, bem cadastrada, alinhada e mais parecida possível com o o momento em que foi cadastrada. A tecnologia é muito boa em eliminar estas variáveis, mas você pode ajudar evitando os problemas acima

Biometria não funciona sujeira

Alguns sensores biométricos lidam bem com a sujeira nas impressões digitais, mas não abuse!

Cadastro biométrico mal feito

Além das possibilidades da impressão mudar ao longo do tempo, outra grande causa de problemas é o cadastro mal feito. Os bancos já cadastram mais de um dedo e lhe permitem mudar o dedo usado para evitar os problemas acima. Em todo caso, considere fazer o recadastramento biométrico no seu banco se você estiver passando por muitos problemas.

As vezes na data em que você cadastrou sua biometria no banco suas digitais estavam diferentes do que estão hoje devido a alguma situação momentânea da época. Vale a pena recadastrar para ficar livre de problemas. Capriche na limpeza e no posicionamento dos dedos no momento do cadastro pois este é o passo mais importante para ter sucesso na utilização da biometria.

Usar ou não usar biometria?

Depois de feito o cadastro de forma cuidadosa não se esqueça de testar o funcionamento na mesma hora em sua agência, se isto for possível. Assim, caso algum problema apareça você poderá reclamar e recadastrar na hora mesmo até que funcione. O próprio processo de cadastramento da impressão digital exige que cada digital seja colocada mais de uma vez, o que já é um teste preliminar.

Eu estou gostando da experiência de utilizar a biometria Itaú e acredito que em outros bancos a experiência seja similar. No próximo artigo continuamos a abordar o assunto biometria para saques sem senha e biometria para saques sem cartão!

Sobre o autor

Autor Alex Benfica

Alex é Matemático Computacional e profissional da área de Tecnologia da Informação desde 2001. É também empresário, investidor e estuda economia e finanças pessoais há mais de uma década. Alex compartilha no site Crédito ou Débito sua experiência em lidar com dinheiro e com o sistema bancário brasileiro.

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